sexta-feira, 15 de abril de 2011

FOI TUDO PREMEDITADO

15/04/2011 11h54 - Atualizado em 15/04/2011 20h32

Atirador de Realengo mantinha no computador fotos com armas

Material divulgado pela Secretaria de Segurança inclui 7 fotos e 5 vídeos.
Arquivos foram recuperados do computador da casa de Wellington.

Do G1 RJ
Wellington (Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública do Rio)Foto divulgada nesta sexta-feira mostra Wellington
barbado e com 2 armas (Foto: Divulgação/Seseg)
A Secretaria de Segurança Pública do Rio divulgou nesta sexta-feira (15) sete fotos e cinco novos vídeos de Wellington Menezes de Oliveira – o atirador que matou 12 crianças no ataque a uma escola em Realengo, na Zona Oeste da cidade. Neles, Wellington aparece sempre sozinho, inclusive na época em que estava barbado.
Os arquivos foram recuperados do computador encontrado queimado na casa do atirador em Sepetiba, também Zona Oeste. Foram encontrados ainda textos com referências religiosas. Segundo a Secretaria, as imagens são de dias antes do atentado e uma delas seria da véspera da tragédia.
Crime premeditado
Wellington (Foto: Divulgação/Seseg)Material foi encontrado na casa de Wellington
(Foto: Divulgação/Seseg)
No dia 13, a polícia já havia recuperado um outro vídeo em que Wellington dá sinais de que estaria premeditando o massacre há alguns meses. O material estava em um HD empoeirado e fora do computador, encontrado pelos agentes também na casa dele.
"A maioria das pessoas que me desrespeitam, acham que eu sou um idiota, que se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente (..) descobrirão quem sou pela maneira mais radical", diz Wellington na gravação revelada pela polícia.
Wellington (Foto: Divulgação/Seseg)Wellington exibe carta assinada por ele
(Foto: Divulgação/Seseg)
Ele também comenta que “uma ação fará pelos seus semelhantes que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, como escolas e colégios”.
De acordo com o diretor geral de Polícia Técnica e Científica do Rio, Sergio Henriques, o último acesso feito no HD foi em julho de 2010.
Henriques diz que o texto proferido por Wellington mostra sinais de esquizofrenia e não quis se precipitar em afirmar se o massacre à escola já estaria sendo preparado pelo atirador desde o ano passado. Henriques descartou ainda a hipótese de associação do atirador a grupos terroristas, como a Al-Quaeda.
“O armamento utilizado por ele, um revólver calibre 38 e outro calibre 32, não é de uso característico de terroristas”, concluiu Henriques.
Atirador fala sobre razões de ataque em outros dois vídeos
Em dois vídeos supostamente gravados dias antes do ataque, Wellington fala sobre as razões para atacar os estudantes. Nas imagens, ele tem a mesma fisionomia e está no mesmo local de uma foto usada em um perfil atribuído a ele no site de relacionamentos Orkut. Aparentemente, o próprio rapaz gravou o vídeo.
Wellington fala de maneira confusa sobre os supostos motivos do crime e culpa pessoas que chama de "covardes" pelo ato que cometeu.
"A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”, afirma.

Na segunda parte do vídeo, o assassino dá detalhes do longo planejamento da ação e diz porque tirou a barba de forma premeditada.
"Os irmãos observaram que eu raspei a barba. Foi necessário, porque eu já estava planejando ir ao local para estudar, ver uma forma de infiltração. Eu já tinha ido antes, há muitos meses. Eu fui. Eu ainda não usava barba. Eu fui para dar uma analisada”, diz.
O atirador também diz que esteve na escola dois dias antes do massacre. “Hoje, é segunda, terça-feira, aliás. Eu fui ontem, segunda. Hoje é terça-feira, dia 5. E essa foi uma tática para não despertar atenção. Apesar de eu ser sozinho, não ter uma família praticamente... eu vivo sozinho, não tenho pessoas a dar satisfação. Mas, como eu precisava ir ao local e interagir com pessoas, para não chamar atenção, eu decidi raspar a barba”, afirma.

RONALDINHO GAUCHO DA APOIS AS VITIMAS DO ATIRADOR DE REALENGO

15/04/2011 14h52 - Atualizado em 15/04/2011 19h48

Ronaldinho visita vítimas feridas em ataque à escola em Realengo

Jogador esteve nos hospitais Albert Schweitzer e Adão Pereira Nunes.
Cinco adolescentes que foram feridos permanecem internados.

Aluizio Freire Do G1 RJ
O jogador do Flamengo, Ronaldinho Gaúcho, causou tumulto em sua chegada ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Ele foi visitar as vítimas feridas na tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira.
“Foi muito emocionante encontrar com as crianças. Eu soube que um dos meninos é flamenguista e que queria me conhecer. Isso motivou a minha vinda. Estou muito feliz de estar trazendo um momento de alegria para essas crianças”, disse ele.
Ronaldinho contou que ele conversou com as crianças sobre futebol. “É bom saber que o futebol tem o poder de trazer alegria para o povo e para as crianças. Desejei a todos que tenham uma recuperação excelente”, disse.
Ronaldinho deixou o hospital em Realengo e seguiu para o Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para visitar outros adolescentes internados.
Foto com fã
Já no Hospital Adão Pereira Nunes, Ronaldinho foi ovacionado por funcionários e visitantes. O craque acenou e, antes de entrar no helicóptero, posou para foto ao lado do menino Wallace de Oliveira, 13 anos, que fraturou o joelho ao cair de bicicleta e está internado na unidade.
Ronaldinho Gaúcho posa com um fã que está internado no Hospital Adão Pererira Nunes (Foto: Aluizio Freire/G1)Ronaldinho Gaúcho posa com um fã que está
internado no Hospital Adão Pereira Nunes
(Foto: Aluizio Freire/G1)
"Foi muito bom. Eu gosto muito dele", disse o garoto, ao lado da mãe, a dona de casa Lucíola Maria Gomes, 28, que, como o filho, também é flamenguista.
O craque ficou poucos minutos no hospital e não chegou a falar com a imprensa. Só disse que foi "emocionante, emocionante" ao responder a pergunta de como foi o encontro com a crianças vítimas da tragédia em Realengo. E, já a bordo do helicóptero, voltou a acenar para os fãs na despedida.
Estudantes internados
Um dos feridos durante o ataque a escola, que estava internado no Hospital estadual Albert Schweitzer, recebeu alta na tarde desta sexta-feira (15). Com isso, quatro adolescentes seguem internados, nenhum em estado grave.

As aulas na escola Tasso da Silveira serão retomadas gradativamente em até três semanas. Nos primeiros dias, a previsão é que os alunos participem apenas de atividades lúdicas e as turmas voltem às suas rotinas aos poucos.
Ronaldinho visitou vítimas da tragédia de Realengo  (Foto: Aluízio Freire/ G1)Ronaldinho visitou vítimas da tragédia de Realengo nesta sexta-feira (15) (Foto: Aluízio Freire/ G1)

ROXETTE FAZ SHOW EM SP

e | 15/04/2011 00:26 | Atualizado em: 15/04/2011 01:02
Roxette agita fãs em São Paulo
Cantora foi fotografada nesta quinta-feira (14)
QUEM Online
Editora Globo 
Roxette agitou os fãs, na noite desta quinta-feira (14), na casa de show "Credicard Hall", em São Paulo. Com um look preto, a dupla cantou sucessos durante a passagem de sua turnê de divulgação do álbum "Crash! Boom! Bang!" pelo Brasil.
Tiago Archanjo/ AgNews

LOVE SÓ EM AGOSTO

14/04/2011 18h24 - Atualizado em 14/04/2011 18h35

Love: 'Espero, num futuro próximo, estar no bonde do meu padrinho'

Atacante confirma que pediu ao presidente do CSKA da Rússia para voltar ao Brasil e ao Fla. Ele está ansioso para jogar no time com Ronaldinho

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Vagner Love fernando cska x Porto  (Foto: Agência Reuters)Vagner Love pretende vestir vermelho e preto
novamente em breve (Foto: Agência Reuters)
A vontade de Vagner Love é adiantar o calendário para que o segundo semestre chegue logo. Nesta quinta-feira, o atacante do CSKA confirmou que pediu ao presidente do clube russo, Eugeny Giner, para voltar ao Brasil e ao Flamengo. Segundo o Artilheiro do Amor, o Rubro-Negro foi o único a fazer uma proposta oficial. O retorno, no entanto, só será possível em agosto, na reabertura da janela de transferências do exterior.
- Eu tenho contrato até 2014 (termina em junho). Para sair daqui, o CSKA vai querer uma recompensa grande, mais tempo de contrato... Mas já tive uma reunião (com o presidente do CSKA), foi um primeiro passo, e vamos ver se em julho consigo negociar. Pedi a ele para voltar ao Brasil, e o único time que me fez uma proposta oficial foi o Flamengo. Espero que o negócio possa sair e eu possa voltar o mais rápido possível - disse, em entrevista à "Rádio Tupi".
Na última terça-feira, o diretor-geral do CSKA, Roman Babaev, confirmou que em julho o clube aceita ouvir a proposta rubro-negra. Um dia antes, Patricia Amorim dissera que havia feito a oferta. No entanto, segundo a mandatária, ela não chega sequer perto de R$ 34 milhões, que representa aproximadamente um terço da multa rescisória do jogador (R $ 91,7 milhões).
- Eu não vi o conteúdo da proposta. Só entreguei na mão dele (presidente do CSKA). Mas se é empréstimo ou compra definitiva não sei informar.
BRASIL MUNDIAL FC: concorra a uma camisa oficial do CSKA com o nome de Love
Love comentou também a possibilidade de fazer parte do "Bonde do Mengão sem freio", que tem feito sucesso no Campeonato Carioca e tem Ronaldinho Gaúcho como "maquinista".
- Seria bom. Espero, num futuro próximo, estar no bonde do meu padrinho (Ronaldinho). Mas ainda não tem nada. Só uma reunião pedindo para eu voltar ao Brasil. Só que agora não tem como negociar com a janela de transferências fechada. Tem que ter paciência e esperar. Ver uma contraproposta do CSKA e ver o que vai acontecer.
Caso o retorno se confirme, Vagner Love poderá jogar a partir da 15ª rodada do Brasileirão. Para ele, será diferente ter Adriano, a outra metade do antigo Império do Amor, como adversário. O Imperador se prepara para estrear pelo Corinthians.
- Vai ser uma coisa meio estranha, mas espero que seja legal e o Flamengo vença.
Confira outros trechos da entrevista:
Volta ao Flamengo
"Por mim, eu não sairia (do Flamengo). Fui muito feliz na primeira passagem. Procurei retribuir o carinho da torcida da melhor maneira possível. Quero desejar sorte à torcida rubro-negra, que possa comemorar o título do Carioca e, quem sabe, no Brasileiro eu possa estar aí. Espero que continuem o trabalho maravilhoso e, quando eu chegar, que eu possa ajudar a conquistar mais vitórias e titulos".
Situação no CSKA
"Depois que voltei do Brasil, ainda não joguei, mas vou voltar (ao time) no fim de semana. Tem que voltar à boa forma física novamente".
Sobre o frio da Rússia
"Eu me viro bem. Estou aqui há sete anos, já acostumei com o frio, em jogar com temperaturas negativas. No começo foi difícil, mas, com o passar dos anos, tirei de letra. Procurei fazer sempre meu melhor aqui".
De olho no Rubro-Negro
"Acompanho, com certeza. Todos os jogos que passam costumo assistir. Torço bastante. Sou torcedor do Flamengo até a morte. Torci bastante contra o Botafogo (domingo passado)".

CAIXAS PRETA DO VOO 447 DA AIR FRANCE PODEM SER ENCOONTRADAS

14/04/2011 19h43 - Atualizado em 14/04/2011 20h02

Familiares de vítimas do voo 447 pedirão em carta 'isenção' a Sarkozy

Associação quer que investigação das caixas-pretas seja feita nos EUA.
Equipamento que registra dados de voo não foi achado nos destroços.

Do G1, em Brasília
O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447 da Air France, Nelson Faria Marinho, disse que vai encaminhar nesta sexta-feira (15) uma carta ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, pedindo que as caixas pretas do avião que caiu no Oceano Atlântico há quase dois anos quando fazia o trajeto Rio-Paris sejam enviadas para os Estados Unidos, caso sejam recuperadas. Segundo ele, isso garantiria a isenção nas investigações.
Na semana passada, o governo francês anunciou a descoberta dos destroços do avião e de corpos ainda presos à fuselagem. Submarinos não tripulados ainda tentam localizar as caixas pretas, que podem indicar as causas do acidente, em que morreram todas as 228 pessoas a bordo.
Marinho está em Paris, onde participou na última segunda-feira de uma reunião com o secretário de Transportes da França, Thierry Mariani, para discutir o acesso às informações sobre o trabalho de resgate. Ele reclama que a França mantém em sigilo muitas das informações sobre o caso.
“Há um tratado internacional, que o Brasil é signatário, a França, a Inglaterra, a Alemanha e os Estados Unidos, que diz que a palavra final da investigação não é da França, não”, disse Marinho. “Eles informam muito pouca coisa.”

O presidente da associação afirmou que vai pedir na carta a Sarkozy que o presidente francês reveja a posição centralizada da França sobre as investigações. “Queremos que sejam mandadas [as caixas pretas] para os Estados Unidos, para análise, para garantir a isenção”, declarou.

Içamento
Marinho disse que considera “fantasiosa” a possibilidade de o governo francês não resgatar os corpos encontrados presos à fuselagem do avião da Air France. “Eles estão em uma profundidade de 3,9 mil metros, a pressão é muito grande e pode causar danos [aos corpos], mas dizer que não vão trazer é uma versão fantasiosa”, afirmou.

Reportagem publicada no site do jornal “O Estado de S. Paulo” na tarde desta quinta-feira informou que a Secretaria dos Transportes da França tinha dúvidas sobre a operação, devido à possibilidade de os corpos não resistirem ao içamento.

De acordo com ele, porém, na reunião da qual participou na segunda-feira, havia um cronograma para os trabalhos de resgate e em nenhum momento foi mencionada a possibilidade de os corpos não serem resgatados.

“Muito pelo contrário. Eles vão começar o trabalho em duas ou três semanas e continuar o trabalho até 15 de junho. Foi o quer disseram lá.”

Segundo Marinho, os sentimentos dos familiares das vítimas “são variados” em relação ao resgate. “Alguns até achavam que deveriam ficar lá, mas nós sabemos quer não pode, por causa da lei”, disse. “A maioria das famílias, pelo menos as brasileiras, querem finalizar a vida, querem ter um enterro, um local onde possam visitar, chorar.”

DITADOR É CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA

14/04/2011 19h45 - Atualizado em 14/04/2011 21h40

Último ditador da Argentina é condenado à prisão perpétua

Reynaldo Bignone, 83 anos, foi punido por crimes contra a humanidade.
Ele presidiu o país em 1982 e 83 e cedeu o poder ao civil Raúl Alfonsín.

Do G1, com agências internacionais
O último ditador da Argentina, Reynaldo Bignone (1982-1983), de 83 anos, foi condenado nesta quinta-feira (14) à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.
Bignone já havia sido condenado em abril de 2010 a 25 anos de prisão por privação ilegal de liberdade e tortura de presos políticos durante a ditadura (1976-1983). Os crimes foram cometidos na base militar de Campo de Mayo, que abrigava quatro centros de tortura e uma maternidade clandestina para presas políticas.
Horas antes da sentença, Bignone fez uso do direito a sua derradeira defesa afirmando que a Justiça civil não era "competente" para julgá-lo e que deveria ter ido a um tribunal militar.
Reynaldo Bignone em 10 de abril de 2010 (Foto: AP)O ex-general Reynaldo Bignone em 10 de abril de 2010 (Foto: AFP)
"Estes repressores são perigosos, não importa sua idade. Nunca se arrependem do que fizeram", disse Estela de Carlotto, presidente das Avós da Praça de Maio, após a leitura da sentença, que foi recebida com aplausos por militantes pró-direitos humanos.
O Tribunal Federal de San Martín também condenou à prisão perpétua o ex-subcomissário e ex-prefeito de Escobar (periferia oeste de Buenos Aires) Luis Patti, 59 anos, por sequestro, tortura e homicídio.
Na mesma audiência, foram condenados à prisão perpétua o general Santiago Omar Riveros e o oficial de inteligência Martín Rodríguez.
Como último ditador argentino, Bignone entregou o poder a Raúl Alfonsín (1983-1989), primeiro presidente eleito após a ditadura argentina.
Desde a anulação das leis de anistia, em 2005, a Justiça argentina já condenou mais de 200 chefes militares, e há outros 800 processos em andamento contra militares e policiais ligados à ditadura.
Segundo organismos de defesa dos direitos humanos, mais de 30 mil pessoas desapareceram na Argentina durante a ditadura, e 500 crianças, filhos de desaparecidos, foram roubadas ou entregues a repressores, das quais 103 já recuperaram sua identidade.
Além de enfrentar este processo, Bignone é um dos oito acusados em um julgamento que começou em fevereiro por 35 casos de roubo de bebês durante a ditadura.

MINISTRO DIZ QUE NÃO PRECISA DE PLEBISCITO

15/04/2011 06h00 - Atualizado em 15/04/2011 06h00

Novo plebiscito sobre armas é desnecessário, diz Luiz Fux

Ao G1, ministro do STF defende 'solução legislativa, sem plebiscito'.
Para ele, 'povo votou errado' em 2005 ao manter comércio de armas.

Débora Santos Do G1, em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux durante entrevista ao G1 (Foto: Débora Santos/G1)O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux
durante entrevista ao G1 (Foto: Débora Santos/G1)
O mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse em entrevista ao G1 que não deve ser feita nova consulta popular sobre  desarmamento em razão da tragédia de Realengo, no Rio de Janeiro. Defensor do desarmamento, ele avalia que o "povo votou errado" ao manter, no referendo de 2005, o comércio de armas de fogo.
A proposta de novo plebiscito foi apresentada nesta semana pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo ele, o "novo contexto" após a tragédia justifica repetir a consulta. A pergunta que Sarney propõe para o novo plebiscito é a mesma de 2005: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?"
Para Fux, que assumiu o posto de ministro do STF em março por indicação da presidente Dilma Rousseff, o desarmamento é "fundamental", mas, para isso, não é necessário plebiscito e sim aplicar a lei e se estabelecer uma política pública de recolhimento de armas.
"Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população", afirmou nesta quinta (14) ao G1.
Na entrevista, o ministro também disse que considerou "lamentável" a crítica que sofreu de setores da sociedade por ter votado contra a validade da Lei da Ficha Limpa na eleição de 2010. Com o voto dele, o julgamento no STF terminou com seis votos contra e cinco a favor da aplicação da lei no ano passado.
"Eu achei lamentável ter que passar por isso em razão da desinformação. Não vou negar que eu acusei o golpe", declarou.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
G1 - Quase dois meses depois de empossado, como o sr. se sente na posição de ministro do STF? Como lida com pressões sociais e de outros poderes?
Luiz Fux -
Depois de uma semana e meia, já [se] é ministro há muitos anos. O volume é tão grande que você aprende no tranco. Eu tenho me sentido muito à vontade no Supremo.  Salvante os princípios-regra, [no Supremo] é um julgamento de valoração de interesses, de ponderação de valores éticos e que conferem legitimidade social à solução. No caso da união homoafetiva, você tem que sopesar o valor da família, a liberdade sexual, o princípio da não discriminação. Sobre feto anencéfalo, eu li um artigo e até guardei. Essa escritora usou uma expressão forte: será que uma mãe é obrigada a ficar realizando o funeral do seu filho durante nove meses? Eu acho que isso deveria ser uma questão plebiscitária feminina. As mulheres tinham que decidir. É um consectário [resultado] do estado democrático de direito. Não podemos julgar à luz da religião, porque o estado é laico.
O ministro Luiz Fux na cerimônia de posse no Supremo Tribunal Federal, no dia 3 de março (Foto: José Cruz/ABr) Fux na cerimônia de posse no Supremo Tribunal Federal, no dia 3 de março (Foto: José Cruz/ABr)
G1 - Como o sr. viu a tragédia de Realengo, que antes era um tipo de crime muito comum em outros países, mas inédito no Brasil?
Fux -
Nos Estados Unidos, tem o monitoramento de pessoas potencialmente perigosas. Hoje, com esse acesso à internet, a esses sites de redes terroristas, pessoas desequilibradas têm acesso a informações que exacerbam seu desequilíbrio. Olha essas fitas que antecederam a essa tragédia, onde esse sujeito gravou isso? É um sujeito que não podia estar solto nunca. Tinha que ter uma medida restritiva de liberdade. Será que ninguém viu isso? Porque não acharam antes isso? Esse homem não tinha um pendor para aquilo? Será que ninguém teve oportunidade de denunciar isso? É um problema que interessa à família e ao Estado também. A causa disso é o acesso que esse rapaz teve a essas redes internacionais que alimentam uma série de psicopatias. Nessa rede mundial de computadores, você tem acesso a tudo. A polícia tinha que ter, por exemplo, uma comunicação de que um sujeito acessou o site da Al Qaeda. Esse sujeito tem alguma coisa. Agora, o leite está derramado.
G1 - Para o sr., o massacre de Realengo é um motivo suficientemente forte para ensejar uma nova consulta à população?
Fux - Eu acho que tinha que vir uma solução legislativa, sem plebiscito mesmo. Todo mundo sabe que o desarmamento é fundamental.
G1 - Mas em 2005 a maioria da população decidiu manter o livre comércio de armas.
Fux -
É um exemplo de defesa do povo contra o povo. Eu acho que o povo votou errado. Para que serve você se armar? Quando você se arma, pressupõe que se vive num ambiente beligerante. Muito melhor é uma sociedade solidária, harmônica. Eu acho que os políticos têm que avaliar o clima de insegurança do país. E já há o Estatuto do Desarmamento. Tem que fazer valer a lei, implementar políticas públicas no afã de desarmar a população. Não tem que consultar mais nada. O Brasil é um país que tem uma violência manifesta. Tem que aplicar essa lei e ter política pública de recolhimento de armas. Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população.
G1 - O sr. tem porte de arma? Já teve arma em casa?
Fux -
A arma na mão de uma pessoa que tem seus instintos, fraquezas, ela vai reagir. Depois a pessoa cai em si e vê que tirou uma vida e vai sofrer para o resto da vida. São posturas que a gente tem que evitar ao invés de reprimir. Melhor do que reprimir o porte de arma, é evitar o porte de arma. [Como magistrado], eu sempre tive o porte de arma, mas nunca andei armado. Era importante ter o porte de arma, porque a gente ia sozinho para comarca do interior, não tinha cultura de segurança, mas eu não ia armado. Eu entendo que o povo tem que estar absolutamente desarmado. Se esse sujeito não tivesse acesso a arma e carregadores, quando muito ele entraria ali com uma faca, ia tentar matar um e todos iam correr para tentar evitar aquela tragédia.
G1 - Como o sr. avalia as reações e críticas ao seu voto contra a validade da ficha limpa na eleição de 2010? [quando estava com um ministro a menos, o STF analisou a aplicação da Lei da Ficha Limpa na eleição de 2010, e o julgamento terminou empatado em cinco votos a favor e cinco contra. Com a nomeação de Fux como ministro, em março, o julgamento teve continuidade e ele desempatou]
Fux - Eu confesso que a Justiça não é uma função popular. Eu achei lamentável ter que passar por isso em razão da desinformação. Não vou negar que eu acusei o golpe. Eu sempre fui uma pessoa que segui a vida com retidão. Vim para o Supremo Tribunal Federal, passei por uma sabatina de cinco horas, tenho currículo. Não tinha necessidade de passar por uma crítica imoderada e talvez desinformada. Como ser humano, não fiquei à vontade, fiquei aborrecido, principalmente, com alguns segmentos que tinham o dever de saber que tinha uma regra, na Constituição, explícita [a de que uma lei que muda o processo eleitoral não pode entrar em vigor no mesmo ano da eleição.]. Eu confesso a você que eu tentei, eu era ideologicamente favorável à Lei da Ficha Limpa. Mas essa regra da Constituição é tão clara que o precedente que se abriria com ela poderia mais tarde se voltar contra o próprio povo. 
G1 - Quando terminou de elaborar seu voto, o sr. pensou na reação das pessoas ao resultado do julgamento?
Fux -
Eu não fui lá com o compromisso de ter que ser o salvador da Pátria, de cair nos braços do povo. Eu não faço esse gênero. Seria demais que eu tivesse um voto tão qualificado assim para desempatar. Acho que essa expectativa que se criou se deve muito mais ao fato de ter ficado muito tempo sem ministro e, normalmente, essas questões teriam que ter sido desempatadas com o voto de qualidade do presidente, pela emenda regimental. Eu reconheço que assumi num momento muito delicado. Mas você há de convir que eu não poderia levar isso em consideração a ponto de me amesquinhar como magistrado.
O ministro Luiz Fux após sabatina no Senado em que teve o nome aprovado para vaga no STF (Foto: José Cruz/ABr)O ministro Fux após sabatina em
fevereiro no Senado em que foi
aprovado para vaga no STF (Foto:
José Cruz/ABr)
G1 - O Supremo condenou no ano passado o primeiro parlamentar, desde a Constituição de 1988. Como o sr. avalia as críticas de que a Corte facilitaria a vida de réus de colarinho branco?
Fux -
Seria de bom alvitre se tivesse um mutirão para julgar essas questões penais para apagar essa imagem junto a população. Agora, o Supremo não julga com benevolência. A lei estabelece tantas etapas que, até que o juiz consiga superar todas elas, obedecendo ao devido processo legal, os prazos se escoam, as testemunhas desaparecem. Então, você vai julgar 10, 15 anos depois. Eu cheguei ao STF e já encontrei ações penais iniciadas em 2003. Aí, eu dei um despacho e determinei que se elaborasse o relatório para acabar com aquilo. Disseram: ‘Não posso, ainda faltam quatro testemunhas’. Não pode, estamos em 2011. E nós não podemos fazer a prova. O juiz não pode ser um órgão acusador.
G1 - Diante da demora nos julgamentos e dos entraves do Judiciário, como o sr. avalia a proposta do presidente do STF, ministro Cezar Peluso, de limitar a possibilidade de recurso depois que o processo é julgado pela segunda instância (tribunais de Justiça dos estados)?
Fux - Eu antevejo problemas de assimilação política dessa ideia. Em termos técnicos, estou analisando essa questão. Ela tem uma virtude que é permitir que a decisão transite em julgado antes do que vem ocorrendo hoje. Se a decisão transita em julgado, resolve alguns problemas pontuais. Como, por exemplo: só se considera culpada uma pessoa depois do trânsito em julgado [quando se esgotam as possibilidades de recurso]. Acaba com essa cultura de se buscar sempre a liberdade no STF a pretexto de dizer que a sentença ainda não transitou em julgado. Isso gera distorções na vida cotidiana porque está havendo um uso imoderado do habeas corpus [instrumento que garante a liberdade de alguém que corre o risco de ser preso ilegalmente ou por abuso de poder] por conta disso. [...] É um excesso que impede que você  [o ministro do Supremo] possa se dedicar mais a outras matérias. Hoje tem habeas corpus para tudo, até o que não é matéria de habeas corpus. [...] De qualquer maneira, precisa de um instrumento de gestão porque essa realidade tem que ser enfrentada. [...] Hoje o trabalho no Supremo é irracional. É muito trabalho.

MICHAEL RECEBE APOIO DE TORCEDORES EM CONTAGEM

14/04/2011 23h07 - Atualizado em 14/04/2011 23h07

No retorno ao Ginásio do Riacho, Michael recebe carinho em treino

Grupo de torcedores foi à quadra em Contagem para falar com o meio de rede do Vôlei Futuro, alvo de ofensas homofóbicas em jogo no local

Por Leo Velasco Contagem, MG
Michael conversando com torcedores (Foto: Divulgação)Michael conversa com torcedores antes do treino
(Foto: Leo Velasco / Globoesporte.com)
Há pouco menos de duas semanas, Michael deixava o Ginásio Poliesportivo do Riacho com uma mágoa, depois de receber ofensas homofóbicas. Nesta quinta-feira, de volta ao local, Michael parou um pouco antes de começar a treinar para o terceiro jogo da semifinal, que acontece nesta sexta, às 20h30m. Um pequeno grupo de fãs queria conversar com o central do Vôlei Futuro perto da quadra.
- Eram algumas pessoas que queriam passar carinho. Acho legal a situação porque eu não queria ofender ninguém, só falar algo que me incomodou. Não quis generalizar nada. Algumas pessoas podem ter visto que erraram também – disse o jogador.
Durante o treino puxado que o técnico Cezar Douglas comandou em contagem, Michael demonstrou que, como diz, não está mais pensando sobre o assunto. Brincou com os companheiros do time, participou bastante da atividade e deixou a quadra pingando de suor.
- Eu avisei antes do treino que a gente tinha que aproveitar bem para conhecer os detalhes da quadra – brincou o atleta.

SANTOS VENCE E SÓ DEPENDE DELE

No aniversário de 99 anos, Santos vence e ressurge na Libertadores

Com grande atuação de Ganso, Peixe bate o Cerro Porteño por 2 a 1 no Paraguai e se aproxima das oitavas de final da Taça Libertadores

por Adilson Barros
Feliz aniversário, Santos e santistas. No dia em que completou 99 anos, o Peixe renasceu na Taça Libertadores com uma vitória por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, do Paraguai, nesta quinta-feira à noite, no estádio General Pablo Torres, em Assunção (assista aos gols da partida no vídeo ao lado). Com o resultado, o Alvinegro Praiano depende agora de uma vitória sobre o já eliminado Deportivo Táchira, da Venezuela, para chegar às oitavas de final. Nada mal para quem estava em situação bastante delicada antes do início da partida. O duelo acontece na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu.
Com a vitória em Assunção, o Peixe chegou aos mesmos oito pontos do Cerro. No entanto, equanto o time brasileiro enfrenta os eliminados venezuelanos, a equipe paraguaia precisa vencer o líder Colo Colo - os chilenos têm nove pontos - para assegurar a vaga. A última rodada deixou o Santos dependendo apenas de suas forças, exatamente porque os dois primeiros colocados do Grupo 5 se enfrentam.
Foi a primeira vitória do Santos sob o comando de Muricy Ramalho. Foi também a primeira grande atuação do time na Libertadores este ano, apesar dos desfalques de Elano, Neymar e Zé Eduardo. O Santos mostrou força na defesa e um meio de campo pegador, que soube valorizar a posse de bola. Apesar do susto sofrido no fim, quando o Cerro marcou nos acréscimos e partiu para cima nos momentos finais, a equipe brasileira perdeu a chance até mesmo de golear, tamanha a quantidade de chances criadas e desperdiçadas, principalmente com Maikon Leite.
Calmo, Peixe marca, mas perde boas chances
Nada de tensão, jogada equivocadas e passes errados causados pelo nervosismo. Uma calma recaiu sobre o Santos no primeiro tempo. Nem parecia que o time jogava a partida mais importante do ano. Bem posicionado em campo, ocupou bem os espaços, cercou o Cerro Porteño, criou chances de gol e pouco foi ameçado.
A presença de Arouca, que não jogava desde 20 de fevereiro, contra o Corinthians, por causa de lesão, deu mais dinamismo ao meio de campo santista. Ele e Danilo, além de marcarem muito bem, saíam para o jogo, confundindo a marcação adversária. Paulo Henrique Ganso dava o toque de classe, com boas enfiadas de bola, ainda que tenha errado alguns passes, mas nada que comprometesse a sua atuação.
O Cerro só chegava em chutes de fora da área. Num deles, Fabbro, aos oito minutos, assustou Rafael, cobrando falta da intermediária, com muita força. O goleiro santista espalmou. Foi um lance isolado. O Santos continuava melhor e abriu o placar três minutos depois. Danilo recebeu na meia direita, cortou o marcador e mandou uma bomba de esquerda, acertando o ângulo de Barreto. Um golaço que premiou a boa participação do volante na partida.
Danilo comemora gol do Santos contra o Cerro Porteño (Foto: AP)Danilo comemora seu golaço pelo Santos contra o Cerro Porteño no Paraguai (Foto: AP)

Os paraguaios seguiam errando passes e dando espaços ao Santos, que começou a desperdiçar chances. Aos 25, Arouca arrancou livre pela direita e passou para Ganso, que, de primeira, abriu para Jonathan cruzar. O passe foi para trás, por baixo, para Danilo. O volante, desmarcado, recebeu de frente e chutou de esquerda. Dessa vez, porém, ele mandou por cima.
Aos 31, o Santos perdeu Diogo, que voltou a sentir dores nas costas. Maikon Leite entrou na equipe e tratou logo de perder mais uma chance incrível. Após bom lançamento de Keirrison, aos 38, o atacante partiu em velocidade, driblou o goleiro Barreto e chutou para o gol. O arremate não foi muito forte, e o zagueiro Cardozo conseguiu salvar em cima da linha. A partir desse lance, o Cerro adiantou sua marcação e passou a rondar mais a área santista. Mas errou passes e cruzamentos demais.
Peixe amplia
Os visitantes continuaram mandando no segundo tempo. Maikon Leite jogava com total liberdade aberto pelo lado direito e foi acionado logo aos três minutos. Ganso roubou a bola no meio de campo e lançou o atacante, que partiu em velocidade e chutou. O arremate não saiu com muita força, mas foi o suficiente para o goleiro Barreto ter de buscar a bola no fundo das redes.
Arouca na partida do Santos contra o Cerro Porteño (Foto: AP)Arouca não jogava desde fevereiro, mas foi muito
bem no Paraguai (Foto: AP)
Jogando com extrema tranquilidade, o Peixe tinha a partida na mão. O que era para ser complicado demais, tornava-se simples. A superioridade alvinegra era tamanha que até o volante Adriano dava chapéu no meio de campo.
Aos 17, o Santos teve mais uma grande chance. Maikon recebeu de Ganso, ainda no campo de defesa, e partiu em velocidade, entrou na área e chutou forte. Barreto espalmou.
Diante da superioridade santista e vendo seu time totalmente batido em campo, a torcida do Cerro perdeu a paciência. Uma pedra chegou a ser atirada no gramado. As chances de gol do Santos iam se multiplicando. Maikon Leite perdeu pelo menos três oportunidades claras. Aos 48 minutos do segundo tempo, Benitez descontou para o Cerro. Na saída de bola, o time paraguaio recuperou a posse e partiu para cima. Ganhou um escanteio, mas não passou de um susto. Não havia tempo para mais nada, e o árbitro Martín Vázquez encerrou o jogo sem permitir a cobrança.
cERRO PORTEÑO-PAR 1 x 2 SANTOS
Barreto, Piris, Cardozo, Benítez e Formica (Iturbe); Burgos, Villarreal, Rojas (Nuñez) e Torres (Lucero); Fabbro e Nanni. Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca (Pará), Danilo e Paulo Henrique Ganso; Diogo (Maikon Leite) e Keirrison (Alex Sandro)
Técnico: Leonardo Astrada. Técnico: Muricy Ramalho.
Gol: Danilo, aos 11 minutos do primeiro tempo; Maikon Leite, aos 3 minutos, e Benitez, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Burgos e Cardozo (Cerro); Adriano e Arouca (Santos).
Data: 14/04/2011. 
Árbitro: Martín Vázquez, auxiliado por Carlos Pastorino e William Casavieja (todos do Uruguai)
Local: Estádio General Pablo Rojas, em Assunção-PAR.

CORITIBA GOLEIA E FICA PERTO DA VAGA

Ida: CAX None-None CFC
Quinta-feira, 14/04/2011 - 20h00 Couto Pereira - Curitiba, PR
Coritiba 4 x 0 Caxias
  • 3" do 1º tempo, Lance

    O Coritiba procura o ataque. Lucas Mendes toca para Léo Gago que chuta pa...
  • 13" do 1º tempo, Lance Importante

    UUUHHH!!! Chegada com perigo do Caxias. Lima chuta muito forte e Edson Bastos pr...
  • 22" do 1º tempo, Gol

    GOOOOOOOL DO CORITIBA!!! Após lançamento primoroso de Rafinha, Dav...
  • 24" do 1º tempo, Lance Importante

    UUUHHH!!! Bill entra na área, chuta para o gol e o goleiro Matheus quase ...
  • 25" do 1º tempo, Lance Importante

    UUUHHH!!! Pressão coxa-branca na partida. Bill tenta o chute e o goleiro ...

Coritiba goleia Caxias-RS e fica muito próximo da vaga

Coxa poderá perder por até três gols de diferença em Caxias do Sul para avançar às quartas de final da Copa do Brasil

por Luciano Balarotti
Apesar de sofrer alguns sustos no início do jogo, o Coritiba dominou e venceu o Caxias-RS por 4 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio Couto Pereira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, mantendo a rotina vitoriosa na temporada 2011. Com o triunfo diante dos gaúchos, o Coxa manteve os 100% de aproveitamento na competição, agora em cinco jogos, e ficou bem perto da vaga nas quartas. No jogo de volta, em Caxias do Sul, o time pode perder por até três gols de diferença ou por quatro, desde que marque ao menos um. A equipe grená terá que fazer um feito histórico: golear por cinco de vantagem ou fazer novo 4 a 0 e tentar levar a decisão para os pênaltis.
O Coritiba chegou à marca de 19 vitórias seguidas, apenas duas a menos que o recorde nacional, que pertence ao Palmeiras. Agora, o time alviverde tentará manter a boa fase no Campeonato Paranaense, no confronto com o Roma Apucarana, fora de casa, domingo. Partida em que poderá até garantir o bicampeonato, caso vença e seja beneficiado com um tropeço do rival Atlético-PR, que recebe o Paranavaí no sábado.
Já o Caxias, eliminado do Campeonato Gaúcho, terá duas semanas para se preparar para o segundo jogo com o Coxa, em que dependerá de uma goleada para avançar na Copa do Brasil.
Comemoração Davi e Rafinha Coritiba x Caxias (Foto: Agência Estado)Davi e Rafinha comemoram um dos quatro gols do Coritiba (Foto: Agência Estado)
Caxias começa bem, mas Coxa marca duas vezes
Mesmo fora de casa, o Caxias tomou conta da partida no início. A primeira boa chance até foi do Coritiba, em chute de Léo Gago que passou à direita do gol de Matheus, aos três minutos. Mas depois disso os gaúchos foram para cima e passaram a rondar a área alviverde. Éverton infernizou a zaga adversária e protagonizou o lance mais polêmico do jogo. Aos dez minutos, o atacante invadiu a área e foi desarmado por Leandro Donizete. Os caxienses pediram pênalti, mas o árbitro Antônio Schneider considerou que o lance foi normal.
Três minutos depois foi a vez de Lima arriscar de longe, soltando petardo que deu trabalho para Edson Bastos, em sua primeira boa defesa no jogo. Se o Caxias desperdiçou a chance que teve, o Coxa teve mais competência. Aos 22 minutos, Rafinha fez lançamento perfeito para Davi, que dominou já tirando da marcação antes de bater, da entrada da área, no canto esquerdo de Matheus.
O gol desestabilizou o goleiro do Caxias, que quase tomou um frango em chute de bico de Bill, mas teve a sorte de ver a bola sair rente à trave, aos 24 minutos. No lance seguinte, o goleiro rebateu mal outra conclusão de Bill, mas se recuperou a tempo de salvar o gol de Marcos Aurélio. Na sobra, a zaga evitou novo chute do primeiro.
O Caxias voltou a pressionar e quase empatou em cabeçada de Lima, que Edson Bastos defendeu bem, aos 33 minutos. Sete minutos depois, o Caxias teve chance em cobrança de falta da meia-lua, que Itaqui bateu em cima da barreira. Em seguida Éverton saiu contundido, e o time gaúcho perdeu força ofensiva.
Foi então que Rafinha apareceu para tranquilizar o Coxa. O meia recebeu na ponta esquerda, driblou o marcador e cruzou na medida para Bill surgir por trás da marcação para tocar de sem pulo para as redes do Caxias, aos 42 minutos.
Segundo tempo de um time só
Se no primeiro tempo Rafinha foi garçom, na etapa final precisou de apenas cinco minutos para também deixar sua marca. Após receber excelente lançamento de Léo Gago, o meia invadiu a área e bateu cruzado, ampliando o placar.
O Coxa seguiu pressionando, e Léo Gago quase fez mais um em chute de longe, que passou rente à trave esquerda de Matheus, aos 20 minutos. Apesar das boas tentativas, o volante segue sendo o único titular do time, além do goleiro Edson Bastos, que ainda não marcou gol na temporada.
Aos 25, Rafinha deixou Marcos Aurélio na cara do gol, mas Matheus conseguiu defender, em dois tempos. Edenílson simulou um pênalti, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 28 minutos.
Aos 34, Anderson Aquino, em seu primeiro lance, tocou para Bill bater sem chances para o goleiro rival, marcando o quarto gol. Na comemoração, o atacante recebeu seu segundo amarelo, deixando o Coxa também com dez jogadores.
A partir daí o Coritiba controlou a posse de bola e trocou passes esperando o tempo passar para celebrar a vitória com a torcida.

coritiba 4 x 0 caxias-rs
Edson Bastos; Jonas (Willian), Pereira, Emerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Davi (Leonardo); Marcos Aurélio (Anderson Aquino) e Bill. Matheus; Alisson, Édson Rocha, Neto e Gerley; Marcos Rogério, Dê, Itaqui e Edenílson; Éverton (Waldison) (Bruno) e Lima (Balthazar).
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Ricardo Cobalchini.
Gols: Davi, aos 22, e Bill, aos 42 minutos do primeiro tempo; Rafinha, aos cinco, e Bill, aos 34 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Pereira, Bill (Coritiba); Marcos Rogério, Alisson, Edenílson, Gerley, Itaqui (Caxias).
Cartão vermelho: Bill (Coritiba); Edenílson (Caxias).
Data: 14/04/2011. Local: Couto Pereira, em Curitiba.
Árbitro: Antônio de Carvalho Schneider (RJ), auxiliado por Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Henrique Corrêa (RJ)
Público pagante: 12.677. Público total: 14.500. Renda: R$ 179.970,00.

GREMIO PERDE E FICA EM SEGUNDO

Quinta-feira, 14/04/2011 - 22h00 Ramón Tahuichi Aguilera - Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
Oriente Petrolero 3 x 0 Grêmio
  • 17" do 1º tempo, Lance Importante

    POR COBERTURA!! Fabio Rochemback cobra falta direto para o gol e quase surpreend...
  • 24" do 1º tempo, Lance Importante

    BOA DEFESA!! Arce arranca em direção à área tricolor...
  • 31" do 1º tempo, Lance Importante

    MAIS UMA BOMBA!! Hoyos arrisca de longe, solta um foguete e Victor faz linda def...
  • 5" do 2º tempo, Gol

    GOOOOOOLLLL DO ORIENTE PETROLERO!!! Fernández abre o placar!! Arce arranc...
  • 24" do 2º tempo, Lance Importante

    SEM GOLEIRO!! Fernando tenta passe para Clementino, Schiapparelli não cor...

Grêmio perde na Bolívia e passa às oitavas no segundo lugar do Grupo 2

Em Santa Cruz de la Sierra, Tricolor leva 3 a 0 do então lanterna da chave

por Eduardo Cecconi
Mesmo contra o lanterna do Grupo 2, que preservou titulares importantes priorizando o Campeonato Boliviano, o Grêmio foi derrotado pelo Oriente Petrolero por 3 a 0, em partida que se encerrou no início da madrugada desta sexta-feira, no Estádio Ramon Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra. Com o resultado, o Tricolor gaúcho confirma a classificação às oitavas de final da Taça Libertadores na segunda colocação da chave, com 10 pontos (o Junior Barranquilla ficou em primeiro, com 13), e agora espera o final da fase classificatória para conhecer seu adversário. Todos os gols foram marcados no segundo tempo, por Fernández, Saucedo e Arce, ex-Corinthians.
Adilson do Grêmio na partida contra o Oriente Petrolero (Foto: AFP)Grêmio caiu para o Oriente Petrolero em Santa Cruz de la Sierra (Foto: AFP)
Gabriel na articulação
Renato Gaúcho surpreendeu ao escalar o Grêmio. Em vez do meia Vinicius Pacheco em lugar do gripado Douglas, que sequer viajou à Bolívia, o lateral-direito Gabriel foi escolhido para centralizar a articulação tricolor no 4-4-2 com meio-campo em losango. Mário Fernandes entrou na lateral.
De início o Grêmio mostrou-se melhor que o Oriente Petrolero. Gabriel, tecnicamente qualificado, organizou bons ataques com movimentação e assistências. O melhor lance do momento de protagonismo tricolor saiu em cobrança de falta por Fábio Rochemback, espalmada pelo goleiro Etulaín.
Mas o piso duro e o gramado ralo dificultaram as trocas de passes do Grêmio. Aos poucos o lanterna Oriente inverteu a ordem da partida, e assumiu o controle. Com maior agressividade ofensiva.
O goleiro Victor foi requisitado em pelo menos três difíceis intervenções, nos chutes do ex-corintiano Arce, de Hoyos e de Saucedo. Para piorar, o Grêmio perdeu Bruno Collaço, lesionado. O volante Fernando entrou no meio-campo, passando Lúcio à lateral esquerda.
Violência mal-sucedida
Durante o primeiro tempo, torcedores de uma barra-brava (torcida organizada) local tentaram invadir a área ocupada pelo menor número de gremistas - egressos de Porto Alegre.
Um grupo de aproximadamente 30 tricolores chegou atrasado, e não conseguiu acessar a área onde confraternizavam mais de 500 brasileiros - em sua maioria universitários que moram em Santa Cruz de la Sierra, muitos deles torcedores de outras equipes.
Com fogos de artifício arremessados contra os gremistas, os torcedores do Oriente foram contidos apenas pela ação da polícia, que no intervalo retirou sob escolta o grupo isolado do local, e o levou até a área onde estavam os demais brasileiros, em segurança.
Supremacia premiada
No início do segundo tempo, o Oriente Petrolero apostou nas jogadas sobre o lado esquerdo tricolor, modificado em função da lesão de Collaço. E logo aos cinco minutos, teve êxito. Arce recebeu de Saucedo, foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Fernández, que acertou o ângulo: 1 a 0.
Sem titubear, Renato Gaúcho recorreu ao banco de reservas. Entraram o meia Vinicius Pacheco e o atacante Diego Clementino, para as saídas de Adilson e Mário Fernandes. Gabriel passou à lateral direita, e se configurou um 4-4-2 em duas linhas.
A tentativa de reação apareceu apenas aos 24, quando Borges recebeu cruzamento livre na área, passou pelo goleiro, e perdeu o ângulo de conclusão e chutou no poste direito. Um minuto depois, Gabriel invadiu a área e cruzou forte demais.
Melhor em campo, entretanto, o Oriente Petrolero tratou de assegurar a vitória. Em uma aula de contra-ataque, afastando escanteio cobrado pelo Grêmio, Saucedo recebeu livre e encobriu Victor, aos 29. Cinco minutos depois, Arce disparou uma bomba, e novamente marcou: 3 a 0, placar final.
Olé e vermelho
Animados, os torcedores do Oriente Petrolero passaram a entoar 'olé' em cada troca de passes ou drible. Sem conseguir contra-atacar, o Grêmio ainda perdeu um jogador. Aos 40 o zagueiro Rodolfo cometeu falta forte, interrompendo as provocações da torcida, mas foi expulso de forma direta pelo árbitro.
Próximo jogo
Encerrada a fase de grupos da Taça Libertadores, o Grêmio volta-se agora ao Campeonato Gaúcho. Às 16h de domingo, no Estádio Colosso da Lagoa - em Erechim - a equipe tricolor disputa com o Ypiranga uma vaga na semifinal da Taça Farroupilha, o segundo turno do estadual.
ORIENTE PETROLERO 3 X 0 GRÊMIO
Etulaín; Miguel Hoyos, Caamaño, Schiapparelli e Luis Gutiérrez; Fernando Saucedo, Diego Terrazas, Aguirre e Wálter Veizaga (Penã); Nicolás Fernández (Campos) e Juan Carlos Arce (Meleán). Victor; Mário Fernandes (Vinicius Pacheco), Rafael Marques, Rodolfo e Bruno Collaço (Fernando); Fábio Rochemback, Adilson (Diego Clementino), Lúcio e Gabriel; Borges e Escudero.
Técnico: Ariel Cuffaro. Técnico: Renato Gaúcho.
Data: 14 de abril de 2011. Local: Estádio Ramon Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). Árbitro: Omar Ponce, auxiliado por Juan Cedeño e Christian Lescano (trio equatoriano).
Gols: Fernández (Oriente Petrolero), aos 5m; Saucedo (Oriente Petrolero), aos 30m; e Arce (Oriente Petrolero), aos 34m, todos no segundo tempo.
Cartão amarelo: Fábio Rochemback (Grêmio). Cartão vermelho: Rodolfo (Grêmio).