terça-feira, 11 de outubro de 2011


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Atualizado em terça-feira, 11 de outubro de 2011 - 16h52

Cingapura: Justiça volta atrás em remoção

Os moradores continuam sem gás para cozinhar, segundo o líder comunitário
Protesto de moradores do conjunto habitacional Cingapura Zaki Narchi, na zona norte da capital paulista, na tarde de ontem / Marcio Fernandes/AE Protesto de moradores do conjunto habitacional Cingapura Zaki Narchi, na zona norte da capital paulista, na tarde de ontem Marcio Fernandes/AE
Uma audiência na tarde desta terça-feira fez com que a Justiça desistisse da remoção dos moradores do Cingapura Zaki Narchi, na zona norte de São Paulo. Ontem a prefeitura entrou com um pedido para que o tribunal reconsiderasse a remoção dos cerca de três mil que moram no complexo.

A 10ª Vara da fazenda Pública de São Paulo havia determinado a interdição do conjunto habitacional por riscos de explosão. A atitude revoltou os moradores, que realizaram um protesto e chegaram a interditar as pistas da avenida Zachi Narchi.

De acordo com o líder comunitário do Cingapura, Edcarlos da Silva, a população está, desde o final de semana, sem gás por conta do início da instalação de drenos. "A gente não tem nem como cozinhar nesses próximos 20 dias", disse.

A decisão de interditar o conjunto habitacional surgiu após a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) ter divulgado laudos constatado o risco de explosão. O conjunto de prédios fica em uma região próxima ao shopping Center Norte, que também chegou a ser fechado por riscos potenciais. Isso porque os dois foram construídos em cima de uma área de lixão – que libera gás metano. Após uma série de medidas, o centro de compras foi reaberto na sexta-feira passada.

No caso do Cingapura, o MP alega ter recebido documentos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que indicariam um risco expressivo de explosão. A promotoria também exige que o poder executivo instale, em 20 dias, drenos para remoção do gás metano do subsolo.

Medidas 

Na última quinta-feira, a Secretaria Municipal de Habitação divulgou que, junto com a Cetesb, estaria realizando obras para resolver o problema e afastar o perigo das famílias. De acordo com nota divulgada à imprensa, há o projeto de instalar 40 drenos, a maioria ao longo da fachada dos condomínios, nos próximos 30 dias.

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